O AMOR PODE SER CORRESPONDIDO - ISABELLA SCHERCK
Era um belo dia de sol. Maria ficou em casa, em Salto, uma cidade do interior onde morava.
Ela era uma menina de cabelos escuros e olhos claros, de treze anos, que estava muito apaixonada por um garoto chamado João. Ele era da sua escola.
Ela, infelizmente, achava que ele não sentia a mesma coisa. Mas isso era somente o que Maria achava.
Chegou o momento de uma festa famosa de Salto, chamada “Festa Italiana”, mas a menina não quis ir, porque João estaria na tal festa, e Maria nem gostava de olhar para ele, pois ela se sentia triste por não tê-lo ao seu lado.
É muito estranho o fato de uma pessoa amar a outra, e não querer nem sequer olhar para ela.
Pois é, o amor é estranho, a cada momento você sente algo diferente. Pode ser felicidade, alegria, tristeza, ódio...
Os pais de Maria estavam indo para a festa, e estavam curiosos para saber o porquê de Maria não querer ir, se nos outros anos ela sempre fora com prazer, e havia gostado também. Então, eles a forçaram a dizer. Não reagiram mal à verdade, pois todo adolescente passa por esse tipo de situação.
Maria resolveu sair, e encontrou João. Ela criou coragem e disse a ele tudo o que ela sentia. Ele fez uma cara de meio assustado, mas disse que sentia o mesmo. Ele a pediu em namoro e, obviamente, ela aceitou.
Como nem tudo é maravilhoso, uma maluca chegou bem na hora que os dois iam trocar seu primeiro beijo. A tal da doida chegou, falando que João não valia nada, que isso, que aquilo... E saiu.
Maria, assustada, perguntou para ele quem era ela, e sobre o que ela falava. João respondeu que a doida era a ex-namorada dele, e que ela ainda não havia aceitado o término do namoro.
Ela lhe perguntou por que ele tinha terminado com a maluca.
João respondeu que ele tinha terminado com ela fazia dois meses, porque ele tinha começado a gostar de Maria.
O estranho era que, havia exatamente dois meses, Maria tinha começado a amar João. Este era o sinal do seu amor.