A ÁGUA EM SALTO - LARISSA BONATTI
Um belo dia, na pequena cidade de Salto, aconteceu algo fora do normal. Estava muito quente e havia muito pouca água, só os mais ricos não sofriam com o problema. Porém, em Salto, eram poucos aqueles que tinham bastante dinheiro, como os coronéis. Esses tinham seus escravos, que recebiam como pagamento um copo de água por dia (mesmo assim, tinham escravos que não recebiam por falta do líquido precioso).
Depois de dez anos naquela pobreza, a população de Salto estava morrendo desidratada. Os índios fizeram um monte de rituais para que chovesse, mas nenhum dos rituais trouxe água para aquela gente sofrida.
Um jovem menino, que tinha oito irmãos, cansou de olhar para tanta gente naquela situação. Fez uma música com os colegas das fazendas. Depois de três dias, ele e seus amigos foram cantar sua criação, muito linda, ao redor da praça.
De repente, abriu-se um buraco na praça e começou a chover muito. Todos saíram de suas casas para ver a chuva e para pegar água. No dia seguinte, aquele buraco tinha virado um grande rio cheio de peixes, que foi batizado como rio Tietê.